A Amatra XV promoveu, na noite de 24 de novembro, o evento de culminância do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, na Escola Estadual Maria de Lourdes Silveira Cosentino, no distrito de Santa Terezinha, em Piracicaba. Na ocasião, os alunos apresentaram os trabalhos desenvolvidos durante o programa e ganharam medalhas pela participação. Os 11 primeiros professores capacitados no projeto receberam certificados. Após o convênio firmado este ano entre a Amatra XV e a Diretoria Regional de Ensino de Piracicaba, o programa deverá alcançar cerca de 64 escolas estaduais da região de Piracicaba.
Diversas autoridades prestigiaram o evento, entre elas, o presidente da Amatra XV, juiz Flávio Landi, a coordenadora do programa TJC na 15ª Região, juíza Adriene Sidnei de Moura David Diamantino, o vice-presidente administrativo do TRT-15, desembargador Luiz Antônio Lazarim, a diretora do Forum Trabalhista de Campinas, juíza Rita de Cássia Scagliusi do Carmo, o juiz da 1a. Vara do Trabalho de Piracicaba, Firmino Alves Lima, o Dirigente Regional de Ensino Substituto, professor Fabio Augusto Negreiros, a Diretora da Escola, professora Zélia Pinheiro Elias e o coordenador Celso Odair Ribeiro.
A apresentação dos trabalhos dos alunos, todos dedicados ao tema “Trabalho Infantil”, foi um show à parte e incluiu poesias, redações, teatro de fantoches, teatro, jogos pedagógicos e até um filme em DVD, em que os próprios alunos atuaram. Também foram expostos trabalhos de pesquisa sobre o tema na internet.
Após as apresentações, os estudantes foram homenageados com medalhas. Os professores da escola Maria de Lourdes, escolhida para sediar o projeto-piloto do programa TJC, receberam certificados pela participação e foram muito aplaudidos pelos alunos.
A coordenadora do programa na 15ª Região, juíza Adriene Diamantino, avalia que as crianças superaram as expectativas, tanto por ser um projeto-piloto como pelo pouco tempo que tiveram para desenvolver os trabalhos. “A preocupação maior dentre os temas desenvolvidos foi trabalho infantil. Professores se impressionaram com o engajamento dos alunos no programa e os magistrados presentes acharam ótimas as apresentações”, afirmou a juíza Adriene.
Sobre a participação no TJC, a coordenadora do programa destaca a sensibilidade que o contato com outras realidades traz para o juiz. “Fazer parte de um programa como esse, deixa o juiz mais humano, sabendo ouvir mais, faz com que ele entenda melhor as dificuldades das pessoas, e o processo nem sempre traz isso para gente, porque é muito frio. E (o TJC) acaba com aquela idéia de que juízes e desembargadores são seres inatingíveis, mas sim pessoas comuns, acessíveis”, disse a magistrada.
O desembargador Lazarim, em sua fala aos estudantes, lembrou que a Justiça do Trabalho é a que está mais próxima do trabalhador no seu dia-a-dia, e que ações de responsabilidade social devem fazer parte da vida dos juízes.
De acordo com o presidente da Amatra XV, "essas crianças e esses jovens passam a ser disseminadores do conhecimento, levando para suas casas e suas comunidades noções básicas de cidadania. Aliás, inclusive nós, juízes, muito aprendemos com eles, na forma como apreendem e transmitem os conceitos que lhes são ensinados".
O programa TJC é uma ação solidária de iniciativa da Anamatra e leva aos alunos da rede pública noções básicas de Direito do Trabalho, Direito da Criança e do Adolescente, Direito do Consumidor, Direito Penal, ética e cidadania. Na 15ª Região, conta com o apoio da Escola Judicial do TRT-15.