Esse artigo procura explorar, em termos das conseqüências e das estratégias, as maneiras de gerenciar a vida, quando essas se perdem em meio a um espaço indiscernível. Pois é pelo espaço liso, informe, sem limites claros, que a morte se instá-la enquanto elemento de ação de poder, arrastando a própria vida para lugares de difícil definição. Lugar, portanto, por onde a vida se perde e a simples existência desponta enquanto possibilidade quase inevitável. É a biopolítica, mas uma biopolítica que, como explorou Agamben, se faz na articulação íntima entre o “fazer viver” e o “fazer morrer”: emergência do “fazer sobreviver”.